Equador introduzirá espécies desaparecidas em uma ilha de Galápagos
O governo do Equador anunciou no sábado (9) que vai investir 3,4 milhões de dólares (16,9 milhões de reais na cotação atual) na recuperação de 12 espécies endêmicas que desapareceram da ilha Floreana, no arquipélago de Galápagos, assim como na "eliminação de vertebrados invasores".
A medida visa, em uma primeira fase, a "restauração dos ecossistemas terrestres", no âmbito de um projeto financiado "através de fundos públicos e doações de cooperação internacional", informou em boletim o Ministério do Ambiente.
As Ilhas Galápagos, que teriam inspirado o naturalista britânico Charles Darwin com a sua teoria da evolução das espécies no século XIX, são classificadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade devido à sua fauna e flora únicas no mundo.
Com área de 173 quilômetros quadrados, Floreana foi uma das primeiras ilhas habitadas do arquipélago e recebeu o nome do primeiro presidente do Equador, Juan José Flores (1830-1845). Durante seu governo, o país tomou posse de Galápagos.
A reincorporação das espécies desaparecidas na ilha terá início em janeiro de 2024, segundo o boletim, quando terminar a fase de erradicação dos roedores e gatos selvagens que ameaçam o seu ecossistema.
O governo pretende recuperar a presença de tentilhões vegetarianos, aves bruxas, gaivotas de lava, corujas, gaviões de Galápagos, tartarugas gigantes, entre outras espécies que desapareceram da ilha.
Anunciou também a inauguração do Laboratório de Diagnóstico de Floreana, espaço para realizar “análises de coagulação, controle de espécies invasoras, monitoramento da saúde das aves, esterilizações e vacinação de caninos, além de pesquisas voltadas à preservação da biodiversidade”, segundo o boletim.
Em Floreana há flamingos rosados, ninhos de tartarugas marinhas verdes, aves noturnas, entre outras espécies.
Em maio, o Equador obteve a redução de aproximadamente 1 bilhão de dólares (5 bilhões de reais na cotação da época) da dívida externa, ao se comprometer a destinar 450 milhões de dólares (2,2 bilhões de reais na cotação atual) à proteção das Galápagos.
C.M.Diaz--ESF