Diretor esportivo do Tottenham e ex da Juventus pede demissão
O Tottenham anunciou, nesta sexta-feira (21), a demissão de seu diretor esportivo Fabio Paratici, depois que foi confirmada sua suspensão internacional por dois anos e meio, relativa ao escândalo de transferências irregulares da Juventus, clube para o qual ele trabalhou de 2010 a 2021.
"Embora o alcance e a duração [da suspensão] estejam sob apelação, a proibição mundial atual impede que Fabio cumpra com suas funções de diretor-executivo de futebol", lamentou o clube inglês em comunicado. "Fabio, portanto, tomou a decisão de deixar o cargo no clube com efeito imediato para se concentrar em sua situação jurídica".
"Fabio é um homem que vive e respira futebol, nós lhe desejamos o melhor", explicou o presidente do clube londrino Daniel Levy, citado na nota.
Na semana passada, o Tottenham anunciou a chegada de Scott Munn, ex-dirigente da sucursal chinesa do City Football Group, como diretor-geral de futebol, responsável de todas as operações, incluindo a equipe feminina e as categorias de base, e que seria o superior hierárquico de Paratici.
O italiano, um ex-volante de 50 anos, chegou aos Spurs depois de um longo período em Turim.
A Juventus foi sancionada em 20 de janeiro com a retirada de 15 pontos no Campeonato Italiano por ter reduzido seus prejuízos contábeis de maneira artificial, realizando ganhos de capital considerados superfaturados na venda de jogadores entre 2018 e 2021.
Na quinta-feira, os juízes do Colégio de Garantia - a mais alta instância da Justiça desportiva na Itália - decidiram reenviar o caso à corte de apelações da Federação Italiana de Futebol para que "renove sua apreciação" neste caso, em torno da sanção de perda de pontos, que, por ora, foram devolvidos à 'Velha Senhora'.
Mas as punições contra vários dirigentes e ex-dirigentes do clube italiano foram confirmadas: dois anos e meio de suspensão para Paratici, dois anos para o ex-presidente Andrea Agnelli e 16 meses para o atual diretor esportivo, Federico Cherubini.
A Juventus - clube que tem ações cotadas em bolsa - também tem pendente um procedimento na Justiça comum por suspeita de fraude contábil, ligada aos ganhos de capital "fictícios" e a "manobras" para adiar o pagamento de salários de alguns jogadores.
M.F.Ramírez--ESF