El Siglo Futuro - PF prende outro suspeito do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips

Madrid -
PF prende outro suspeito do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips
PF prende outro suspeito do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips / foto: © AFP/Arquivos

PF prende outro suspeito do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips

A Polícia Federal anunciou, na quinta-feira (18), a prisão de um homem acusado de ser "aliado" do suposto autor intelectual do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do ativista indigenista brasileiro Bruno Pereira na Amazônia, em 2022.

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Em nota, a PF informou que deteve na cidade de Tabatinga, no Amazonas, um "homem conhecido por ser o informante e aliado" do mandante do duplo homicídio.

Phillips, de 57 anos, e Pereira, de 41, desapareceram em 5 de junho de 2022 no Vale do Javari, uma remota reserva indígena no norte do Brasil, perto da fronteira com a Colômbia e o Peru, onde operam traficantes de drogas, garimpeiros e caçadores furtivos.

As autoridades não revelaram a identidade do detido.

Mas, segundo a imprensa brasileira, trata-se de Jânio Freitas de Souza, um pescador ilegal de Javari, que se acredita ser o braço direito de Ruben Dario da Silva Villar, conhecido como "Colômbia" e identificado nas investigações policiais como o autor intelectual do crime.

Preso desde dezembro de 2022, Villar é suspeito de ter liderado uma organização de pesca ilegal no Vale do Javari, entre outros crimes.

Outros três pescadores estão sendo julgados pelos assassinatos.

Segundo a polícia, pescadores com supostos vínculos com uma rede de tráfico de drogas confessaram que atiraram nos dois homens, desmembraram seus corpos e os esconderam na floresta, onde seus restos mortais foram encontrados após uma busca de dez dias.

O duplo crime atraiu a atenção internacional e expôs a violência que prevalece na maior floresta tropical do mundo, que continua ameaçada pelo desmatamento e pela mineração ilegal.

Mais ao norte, no estado de Roraima, o povo indígena yanomami enfrenta mais uma vez uma crise humanitária, devido ao garimpo, apesar de o governo do presidente Lula ter mobilizado forças de segurança para recuperar o controle do território.

A.Pérez--ESF