El Siglo Futuro - Três policiais ficam feridos em explosão de carro-bomba no centro do México

Madrid -
Três policiais ficam feridos em explosão de carro-bomba no centro do México
Três policiais ficam feridos em explosão de carro-bomba no centro do México / foto: © AFP

Três policiais ficam feridos em explosão de carro-bomba no centro do México

Três policiais ficaram feridos, nesta quinta-feira (24), na explosão de um carro-bomba no estado mexicano de Guanajuato (centro), um dos mais castigados pelo crime organizado, informaram as autoridades, que também relataram confrontos no sul do país.

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O veículo explodiu pela manhã em frente à sede da secretaria de Segurança Pública do município de Acámbaro, segundo a instituição em suas redes sociais. Três policiais ficaram feridos, um deles em estado grave.

O atentado também causou danos a quatro residências e sete veículos.

Uma segunda explosão foi reportada mais tarde na localidade próxima de Jerécuaro, também em Guanajuato, provocando danos materiais em imóveis próximos.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse em sua habitual coletiva de imprensa que a Procuradoria Geral assumirá as investigações sobre o ataque em Acámbaro, enquanto a governadora de Guanajuato, Libia García, anunciou o envio de policiais e militares.

As explosões em Guanajuato ocorreram simultaneamente a confrontos armados na cidade de Tecpan de Galeana, no estado de Guerrero, também afetado por ações de gangues envolvidas no narcotráfico e na extorsão, entre outros crimes.

Embora o governo local ainda não tenha divulgado um balanço ou detalhes dos confrontos, imagens do local mostravam um policial aparentemente morto ao lado de uma viatura.

"As autoridades se dirigiram imediatamente ao local para prestar socorro à população", disse a secretaria de Segurança Pública local, que anunciou o envio de policiais estaduais e soldados para reforçar a vigilância.

Os incidentes desta quinta-feira ocorrem em meio a uma escalada de violência nos estados de Sinaloa (noroeste) e Chiapas (sul), onde no domingo passado foi assassinado o padre indígena e defensor dos direitos humanos Marcelo Pérez.

Sinaloa tem sido palco, há dois meses, de uma guerra entre facções do cartel de Sinaloa, que já deixou cerca de duzentos mortos, incluindo 19 supostos criminosos abatidos na última segunda-feira por militares.

- Estado mais violento -

Guanajuato, um próspero centro industrial que também abriga alguns destinos turísticos populares, como a cidade colonial de San Miguel de Allende, é atualmente considerado o estado mais violento do México, segundo estatísticas oficiais de homicídios.

A violência criminal neste estado é consequência do conflito entre o cartel local Santa Rosa de Lima e o Jalisco Nova Geração, um dos grupos criminosos mais poderosos do país.

Guanajuato - governado pelo partido conservador PAN - registra 1.863 homicídios até agora neste ano e cerca de 2.787 pessoas desaparecidas, de acordo com números oficiais.

É uma das regiões onde o governo da esquerdista Sheinbaum anunciou que buscará reduzir os índices de violência.

No dia 4 de outubro, 12 corpos foram encontrados em diferentes pontos da cidade de Salamanca, em Guanajuato.

Um dia antes, quatro pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas em um ataque a um centro de reabilitação para pessoas com dependência nesta mesma cidade.

- Estratégia contra o crime -

Enquanto isso, Guerrero é um dos estados mexicanos mais afetados pela violência dos cartéis de drogas, devido à sua localização estratégica nas costas do oceano Pacífico.

No dia 6 de outubro, Alejandro Arcos, prefeito da capital estadual, Chilpancingo, foi decapitado apenas seis dias após assumir o cargo. Sua cabeça foi colocada no teto de um veículo.

Sheinbaum anunciou no dia 8 de outubro sua estratégia contra o crime organizado, que inclui o fortalecimento da Guarda Nacional, a atenção às causas da violência, como a pobreza, ações de inteligência e a coordenação com os governos locais.

Ao mesmo tempo, ela advertiu que ao México "não voltará" a guerra contra o narcotráfico, em referência à polêmica operação militar antidrogas iniciada em 2006, que resultou em mais de 450.000 assassinatos e cerca de 100.000 desaparecidos.

A.García--ESF