Egito descobre uma das baleias extintas mais antigas da África
Arqueólogos descobriram no Egito os ossos de uma baleia com 41 milhões de anos, um dos espécimes extintos "mais antigos da África", anunciou a Universidade Americana do Cairo (AUC) nesta quinta-feira (10).
Essa baleia foi batizada de "Tutcetus Rayanens", um termo derivado do nome do faraó Tutancâmon, de "cetus", que significa baleia em grego, e de Wadi al-Rayan, a região de Fayum, ao sul do Cairo, onde foi encontrada.
É "a menor baleia basilosauridae já descoberta até hoje e um dos espécimes mais antigos dessa espécie na África", afirmou a AUC em seu comunicado.
Sua descoberta representa uma "etapa crucial na evolução das baleias do ambiente terrestre para o marinho", explicou Hicham Salam, membro da equipe de pesquisa que encontrou um crânio, mandíbulas, ossos e uma vértebra de um animal com 2,5 metros de comprimento e 187 kg.
Durante essa fase, as baleias "desenvolveram características semelhantes às dos peixes, como um corpo simplificado, uma cauda forte e barbatanas. Além disso, mostram os últimos vestígios de membros suficientemente visíveis para serem chamados de pernas, que provavelmente usavam para reprodução e não para caminhar", detalhou o comunicado.
O fóssil foi achado em uma parte do Egito que estava coberta pelo mar no passado, onde também está localizado o Vale das Baleias, onde podem ser encontrados restos de fósseis "valiosíssimos", segundo a Unesco.
Em agosto de 2021, arqueólogos egípcios já haviam descoberto o fóssil de uma nova espécie de baleia anfíbia de 43 milhões de anos na região de Fayum.
Com sua cauda de mais de três metros de comprimento e cerca de 600 quilos, a "Fioumicetus anubis" foi apresentada pelo governo egípcio como "a baleia mais feroz e antiga da África".
Em 2018, uma equipe de cientistas descobriu o primeiro esqueleto de dinossauro na África, datado de mais de 75 milhões de anos atrás.
A.Navarro--ESF