Harvey Weinstein é acusado de novas agressões sexuais pela Promotoria de Nova York
O ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein, que se recupera de uma recente cirurgia no coração, foi indiciado por novas acusações em Nova York, embora neste momento a Promotoria de Manhattan não tenha revelado os detalhes, segundo a imprensa americana.
O outrora poderoso magnata do cinema, de 72 anos, foi condenado em 2020 pelo estupro, sete anos antes, da atriz Jessica Mann, e pela agressão sexual, em 2006, da assistente de produção Mimi Haleyi, mas um tribunal de apelações anulou a condenação em abril, alegando que não teve um julgamento justo e determinou um novo.
A Promotoria de Manhattan anunciou em julho que estava investigando novas denúncias de agressão sexual por parte de Weinstein, acusações que seriam acrescentadas ao novo julgamento, previsto para começar em 12 de novembro.
Depois, a promotora Nicole Blumberg garantiu que outras mulheres que em 2020 não estavam preparadas para denunciar o magnata estariam agora.
Uma audiência foi realizada nesta quinta-feira no tribunal de Manhattan perante o juiz Curtis Farber, a qual não contou com a presença do cofundador dos estúdios cinematográficos Miramax, que foi submetido a uma cirurgia cardíaca de emergência na segunda-feira.
As denúncias contra Weinstein, que aparece frequentemente em audiências judiciais em uma cadeira de rodas, conhecidas em 2017, desencadearam uma onda de reações em todo o mundo e fizeram com que muitas vítimas se manifestassem, no caso mais emblemático do movimento #MeToo.
Mais de 80 mulheres o acusaram de assédio, agressão sexual ou estupro, incluindo grandes divas do cinema como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd.
Apesar da anulação da condenação do tribunal de Manhattan, Weinstein continua preso em Rikers Island, em Nova York, pois deverá cumprir outra pena de 16 anos, também por estupro, imposta por um tribunal da Califórnia, da qual a sua defesa recorreu.
M.Vargas--ESF