Teto de gastos do Barcelona é novamente reduzido pela LaLiga
Em dificuldades financeiras, o Barcelona sofreu mais um duro golpe nesta quinta-feira (14): seu teto de gastos, principalmente com salários, foi reduzido ainda mais pela LaLiga, organizadora do Campeonato Espanhol, por conta do fair-play financeiro.
O limite anterior era de 649 milhões de euros (R$ 3,4 bilhões na cotação atual). Agora, está fixado em 270 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão) pela LaLiga, que exerce um controle estrito de gastos dos clubes em matéria de salários e contratações de jogadores.
Esses gastos incluem salários de jogadores e funcionários, custos de amortização das transferências, comissões de agentes, bonificações, entre outros.
O nível atual de despesas do Barcelona é de 400 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões), segundo a imprensa espanhola. Portanto, caso o limite autorizado seja ultrapassado, o clube poderá utilizar apenas 50% de suas receitas para reforçar seu elenco, até que esteja novamente dentro da regra.
A situação atual torna pouco provável a chegada de reforços significativos na janela de fim de ano, e cortes de gastos serão indispensáveis, se o clube quiser melhorar seu elenco na próxima temporada.
Em dificuldades financeiras, o Barça perdeu vários jogadores nesta temporada, entre eles Sergio Busquets e Jordi Alba, que foram para o Inter Miami jogar ao lado de Lionel Messi, e Ousmane Dembélé, que se transferiu para o Paris Saint-Germain.
O goleiro alemão Marc-Andre Ter Stegen renovou seu contrato até 2028, aceitando diferir parte de seu salário desta temporada. Isso permitiu as chegadas por empréstimo dos portugueses João Cancelo e João Félix.
"Teremos que agradecê-lo [a Ter Stegen] pela reestruturação de seu contrato, porque permitiu inscrever outros jogadores", afirmou o presidente do clube catalão, Joan Laporta.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o presidente da LaLiga, Javier Tebas, declarou que não sabe quando a situação do Barcelona pode voltar à normalidade.
"Nós nunca podemos dizer. Depende do Barça e de sua estratégia no campo empresarial. Nós podemos monitorar sua situação por duas ou três temporadas. Talvez dê um passo gigante com a venda de um grande jogador. Não sabemos se isso vai acontecer. Toda a estratégia a médio e longo prazo é o clube que define, não nós", explicou Tebas.
D.Sánchez--ESF