Fluminense vence LDU (2-0) e conquista sua 1ª Recopa Sul-Americana
O Fluminense conquistou sua primeira Recopa Sul-Americana ao vencer a LDU, sua 'pedra no sapato', por 2 a 0, nesta quinta-feira (29), no Maracanã, no Rio de Janeiro.
Após perder por 1 a 0 no Equador na semana passada no jogo de ida, o Tricolor conseguiu a virada no fim com dois gols do atacante colombiano Jhon Arias (76' e 90', de pênalti) na partida de volta deste duelo que coloca frente a frente os campeões dos dois principais torneios de clubes da América do Sul.
Campeão da Libertadores de 2023, o Fluminense do técnico Fernando Diniz se vingou do rival, vencedor da última Copa Sul-Americana, que anos atrás privou o time carioca de conquistar seus primeiros troféus internacionais.
O Tricolor conseguiu essa façanha na reta final e com um homem a menos, após a expulsão do atacante John Kennedy (79'), autor do gol do título da Libertadores contra o Boca Juniors, por dar um pisão na perna do meio-campista Óscar Zambrano.
O 'Rey de Copas' do Equador, comandado pelo espanhol Josep Alcácer, que não pôde dirigir o time da beira do campo devido a um problema na homologação da licença de técnico, derrotou o Flu nas finais da Libertadores de 2008 e da Sul-Americana de 2009.
- Flu pressiona -
Embora desta vez tenham levado menos perigo, no primeiro tempo os equatorianos souberam incomodar o Fluminense, que se mostrou muito previsível: posse de bola de até 80% e constantes trocas de posição de seus jogadores, mas sem que essa posse ou o domínio territorial pudessem ser transformados numa ameaça constante à baliza de Alexander Domínguez.
O experiente goleiro foi incomodado em quatro ocasiões, mas respondeu bem em todas elas, principalmente na mais perigosa: um lance em que ficou cara a cara com Martinelli, aos 11 minutos, que o meio-campista chutou no corpo do goleiro.
Visando manter a vantagem conquistada na altitude de Quito, aposta reforçada pela escalação de três volantes em detrimento do veloz Jhojan Julio, a LDU procurou o contra-ataque, aproveitando a velocidade de Luis Estupiñán sobre o adversário pela ponta esquerda, defendida por Felipe Melo e Diogo Barbosa, substituto de Marcelo, poupado para entrar no segundo tempo.
Suas arrancadas preocuparam a torcida que encheu o estádio (61.217 espectadores) e que sofreu com a vulnerabilidade da defesa, um mal que ofuscou o esquema ofensivo de Diniz.
Entre os erros constantes de Felipe Melo e a necessidade de equilibrar o confronto, o ex-técnico da seleção brasileira interferiu logo cedo: colocou John Kennedy, ausente no jogo de ida por suspensão e autor do gol do título contra o Boca no lugar do experiente defensor.
- A recompensa -
O promissor atacante acordou os companheiros, que foram mais incisivos diante da meta de Domínguez. Ganharam ainda mais espaço com a entrada de três homens experientes e de perfil ofensivo: Douglas Costa, Marcelo e Renato Augusto.
Os movimentos foram recompensados através de uma arma da qual às vezes pareceram abusar: os cruzamentos. Samuel Xavier alçou uma bola da direita e Arias entrou sozinho e cabeceou para o fundo da rede.
A alegria, porém, deu lugar à tensão, porque o Fluminense perdeu um jogador na reta final: John Kennedy. Mas, apesar da inferioridade numérica, o time carioca continuou cercando a área adversária até encontrar o gol.
Após um passe de Douglas Costa, Renato Augusto entrou na área. O meia Jefferson Valverde derrubou o jogador e o juiz marcou pênalti.
Arias, com frieza e pouca distância, cobrou alto e forte, à direita de Domínguez, que adivinhou o canto, mas nada pôde fazer diante de uma cobrança de triplo valor: gol, título e vingança.
R.Salamanca--ESF