Autoridades fazem busca na sede do Milan em investigação sobre venda do clube ao fundo RedBird
A Guarda de Finanças (em italiano 'Guardia di Finanza'), subordinada diretamente ao ministro de Economia e das Finanças, realizou nesta terça-feira (12) uma busca na sede do Milan no âmbito da investigação sobre a venda do tradicional clube da Serie A ao fundo de investimento americano RedBird.
O clube lombardo confirmou a busca divulgada pelas agências de notícias italianas ANSA e AGI, mas especificou que não era o clube em si que estava sendo investigado, mas sim o atual diretor executivo Giorgio Furlani e seu antecessor Ivan Gazidis.
O Milan acrescentou que ambos estão sendo investigados por "comunicação incorreta" aos órgãos de controle e fiscalização na venda do clube, em 2022, e que o clube está "cooperando plenamente com as autoridades investigadoras".
A AGI informou que Furlani e Gazidis estavam sendo investigados por obstrução perante a Comissão de Fiscalização de Clubes de Futebol Profissional (COVISOC).
A RedBird adquiriu o Milan do grupo americano Elliott Management em agosto de 2022 por 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 6,5 bilhões na cotação atual).
O Elliott Management assumiu o controle do Milan em 2018, quando o empresário chinês Li Yonghong não conseguiu pagar um empréstimo que havia contraído quando comprou o clube da Fininvest de Silvio Berlusconi em 2017.
Em um breve comunicado enviado à agência Ansa, o fundo Elliott afirmou que todas as acusações eram "falsas" porque o grupo "Elliott não possui quaisquer ações no Milan nem qualquer controle sobre o clube".
Conforme a AFP apurou no momento da venda, o Elliott Management teria emprestado dinheiro ao RedBird Capital para que este pudesse financiar a operação.
G.Bardales--ESF