El Siglo Futuro - Nadador palestino espera que participação nos Jogos abra portas para compatriotas

Madrid -
Nadador palestino espera que participação nos Jogos abra portas para compatriotas
Nadador palestino espera que participação nos Jogos abra portas para compatriotas / foto: © AFP

Nadador palestino espera que participação nos Jogos abra portas para compatriotas

O nadador palestino Yazan Al Bawwab espera que sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris ajude a abrir portas para esportistas de seu país em guerra.

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Al Bawwab, que nasceu na Arábia Saudita mas vive em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, competiu neste domingo (28) nas eliminatórias dos 100 metros costas.

O nadador também esteve nos Jogos de Tóquio em 2021 e conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Árabes.

Apesar de não ter se classificado para as semifinais em Paris, ele deseja que o foco que recebeu na capital francesa sirva para abrir caminho para os palestinos que desejam competir em alto nível.

"Marquei um tempo só para a Palestina, tive uma raia só para a Palestina. Acho que essa é a minha mensagem de paz. Estamos tentando fazer com que o mundo saiba que somos seres humanos. Podemos competir esportivamente como qualquer pessoa", declarou Al Bawwab depois de sua prova.

O nadador de 24 anos competiu com uma tatuagem da bandeira palestina no peito, e disse que a presença de sua equipe e bandeira nos Jogos de Paris gerou reações.

"Muitas pessoas se surpreendem por estarmos aqui, se surpreendem por estarmos classificados para uma competição como esta sem ter comida e água no nosso país", relatou

Al Bawaab, que confessa que teve familiares e amigos assassinados durante o conflito com Israel, está envolvido com uma organização que trabalhar para melhorar as instalações dos nadadores palestinos.

"Não temos piscinas na Palestina, mas se começarmos a construir infraestruturas esportivas podemos dar uma saída para muitas pessoas e fazê-las sorrir pelo menos por cinco minutos no dia", declarou.

"Por isso acredito nos esportes, por isso acho que temos que investir na Palestina e no esporte palestino, mas ninguém quer", concluiu.

R.Abreu--ESF