Ataques do EI diminuem no Iraque e na Síria, diz coalizão antijihadista
A coalizão antijihadista internacional informou, nesta segunda-feira (24), que os ataques do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na vizinha Síria diminuíram nos primeiros meses de 2023, mas os jihadistas continuam uma insurreição em ambos os países, apesar de sua derrota.
Após um boom em 2014, o autoproclamado “califado” do EI foi derrotado por ofensivas sucessivas lançadas a partir do Iraque e da Síria com o apoio de uma coalizão internacional liderada por Washington.
O Iraque proclamou no fim de 2017 sua vitória militar contra os jihadistas, que perderam seu reduto na Síria em 2019. Mas células do EI continuam atacando esporadicamente forças de segurança e civis. "Desde o começo do ano no Iraque, até a primeira semana de abril, registramos uma queda de 68% dos ataques em relação ao mesmo período do ano anterior", informou o general Matthew McFarlane, comandante da coalizão internacional.
O mês de jejum do Ramadã, que acabou de terminar, foi "um dos mais tranquilos em anos", ressaltou o o general, que registrou uma queda de 80% dos ataques no Iraque em relação ao ano passado, e um retrocesso de 37% na Síria .
Cálculos da ONU revelados em um relatório divulgado em fevereiro apontavam que havia entre 5.000 e 7.000 membros do EI destacados entre o Iraque e a Síria, a metade deles combatentes. Apesar da queda das reservas de tesouraria, estimadas entre US$ 25 milhões (R$ 101 milhões) e US$ 50 milhões, segundo o documento, o grupo EI começou “a lavar dinheiro investindo em atividades comerciais legítimas, principalmente em hotelaria e no setor imobiliário, no Iraque e na Síria".
A.Navarro--ESF