Militantes estrangeiros são agredidos e feridos por colonos na Cisjordânia ocupada
Militantes estrangeiros da causa palestina foram atacados e feridos neste domingo (21) por colonos israelenses com os rostos cobertos no norte da Cisjordânia ocupada, nas terras agrícolas de Qusra, onde acompanhavam palestinos.
No hospital al-Rafidia de Nablus, pelo menos duas mulheres e um homem, levados pelos serviços de resgate, foram atendidos e todos apresentavam contusões, constatou um jornalista da AFP.
Os ativistas acompanhavam palestinos nas oliveiras próximas das colônias israelenses. Militantes estrangeiros escoltam com frequência palestinos que consideram vulneráveis nos territórios ocupados, onde há registro de atos de violência.
"Hoje [domingo], certo número de civis israelenses mascarados agrediram um grupo de estrangeiros pensando que estavam plantando árvores nos arredores de Qusra", informou o Exército israelense.
"Chegaram com pedaços de pau e começaram a nos agredir", contou uma americana que se apresentou como Vivi, e denunciou um ataque "sem motivo".
"Estavam armados com canos de ferro e pedaços de pau e queriam briga", acrescentou David Hummel, cidadão alemão integrante do Movimento de Solidariedade Internacional (ISM, na sigla em inglês).
Hani Odeh, prefeito de Qusra, acrescentou que os militantes estrangeiros acompanhavam os agricultores palestinos em campos "recentemente incendiados" pelos colonos.
Falou de "quatro feridos" e acrescentou que os agressores vinham da colônia vizinha de Kodesh.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando comandos islamistas do Hamas mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo um levantamento baseado em dados oficiais israelenses.
O Exército da Israel estima que 116 pessoas permanecem cativas em Gaza, das quais 42 teriam morrido.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já matou 38.983 pessoas em Gaza, também civis na maior parte, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.
S.Delgado--ESF