Polícia anuncia detenção de israelense acusado de conspirar com o Irã para assassinar Netanyahu
A polícia de Israel prendeu um cidadão israelense recrutado pelos serviços de inteligência do Irã para planejar os assassinatos de funcionários de alto escalão do país, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, anunciaram nesta quinta-feira (19) as autoridades.
O anúncio foi feito menos de dois meses depois que Ismail Haniyeh, líder do movimento islamista palestino Hamas, que está em guerra com Israel, foi assassinado em Teerã em uma operação de bombardeio.
A República Islâmica acusou Israel de assassinar o líder do Hamas e o líder supremo Ali Khamenei prometeu “vingança” e “punição severa”, mas as autoridades israelenses até agora não comentaram a morte de Haniyeh em 31 de julho.
A polícia israelense e o serviço de inteligência interna Shin Bet informaram a prisão de um empresário israelense.
"Um cidadão israelense foi recrutado pela inteligência iraniana para promover assassinatos de figuras de destaque israelenses. Ele foi levado de maneira ilegal duas vezes para o Irã e recebeu um pagamento para realizar as missões", afirma o comunicado conjunto.
Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o diretor do Shin Bet, Ronen Bar, assim como outros funcionários, estavam entre os alvos.
A mídia local identificou o detido como Mordechai Maman, nascido em 1952 e originário de Ascalon, e informou que ele foi preso em 29 de agosto.
O cidadão israelense, "um empresário que morou na Turquia durante um longo período", mantinha contatos com indivíduos turcos e iranianos que o colocaram em contato, por telefone, com um iraniano identificado como “Eddie”, afirmou a polícia.
Além disso, as autoridades policiais declararam que o acusado visitou o Irã em maio de 2024 para se encontrar com “Eddie”, pois esse indivíduo tinha “problemas para deixar o país”.
Ele também se encontrou com um homem identificado como “Hajjah”, que eles alegaram ser um agente iraniano.
Segundo a força de segurança, durante sua estadia no Irã, ele recebeu o pedido para executar missões em Israel, como transferir "dinheiro ou armas" e ameaçar outros israelenses recrutados pelo Irã para que planejassem assassinatos.
Durante uma segunda viagem ao Irã após o assassinato de Haniyeh, o detento teria sido abordado com propostas para assassinar altos funcionários israelenses, de acordo com as autoridades.
L.Balcazar--ESF