Zelensky assina acordos com Croácia e pede unidade europeia para garantir a paz
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, assinou um acordo bilateral de cooperação e fortalecimento dos laços entre as indústrias de defesa nesta quarta-feira (9) na Croácia e apelou à unidade europeia para garantir a paz durante a cúpula Ucrânia-Sudeste da Europa.
Zelensky reuniu-se com o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, para discutir "cooperação na defesa e desminagem", cuidados "para os soldados feridos" e assinou "um acordo de cooperação e apoio a longo prazo", informou o presidente ucraniano na rede social X. "Juntos desenvolveremos a cooperação entre as nossas indústrias de defesa", acrescentou.
"A Croácia traz para a Ucrânia a sua experiência única em desminagem, julgamento de crimes de guerra, cuidado de veteranos e a nossa experiência no processo de adesão à União Europeia", escreveu Plenkovic, na mesma rede social.
Nos últimos dois anos, Zagrebe enviou ajuda no valor de 300 milhões de euros (1,8 bilhão de reais na cotação atual) à Ucrânia, principalmente militar, acrescentou Plenkovic, que visitou Kiev três vezes desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
Depois, durante a cúpula, Zelensky advertiu que "embora possa haver tensões políticas, devemos garantir que a nossa união dentro da Europa permaneça tão estável quanto possível. Se a Europa não estiver unida hoje, não estará em paz. Portanto, os processos de adesão (à União Europeia) devem ser concluídos".
A reunião conta com a presença de presidentes, chefes de governo e ministros das Relações Exteriores de Albânia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Grécia, Kosovo, Moldávia, Montenegro, Macedônia do Norte, Romênia, Sérvia, Eslovênia e Turquia.
Após o encontro, deve ser anunciada uma nova cooperação militar e assinada uma "Declaração de Dubrovnik" condenando a invasão russa, apoiando a integridade territorial da Ucrânia, a entrada de Kiev na UE e garantindo o apoio à reconstrução do país quando a guerra terminar.
Depois de Dubrovnik, Zelensky pretende viajar para o Vaticano, onde será recebido pelo papa Francisco no Palácio Apostólico durante meia hora.
D.Cano--ESF